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O retrato de Dorian Gray: Juventude e Beleza Artificial sob a Perspectiva do Mundo Espiritual!


Oscar Wilde, ao escrever O Retrato de Dorian Gray, criou não só uma das maiores obras da literatura mundial, mas também um espelho das inquietações humanas quanto ao tempo, à aparência e à essência.



 O desejo de Dorian de preservar, a qualquer preço, sua juventude e beleza é um tema universal, que atravessa séculos e permanece atual.



Quando analisado sob a ótica de pensadores do mundo espiritual, como Paramahansa Yogananda, Louise Hay e Ruediger Dahlke, esse desejo adquire novas camadas de significado, trazendo à tona discussões profundas sobre apego, autoestima e evolução da alma.



A Obsessão pela Juventude e Beleza



Dorian Gray faz um pacto: enquanto sua aparência externa permanece intocada pelo tempo e pelos pecados, o seu retrato – símbolo de sua verdadeira essência – se degrada cada vez mais. Wilde expõe, de forma brilhante, a vaidade como prisão da alma.



 O anseio por juventude é, em última análise, o medo da morte e do esquecimento, e a recusa em aceitar o fluxo natural da vida.



A Visão de Yogananda: Apego Material x Realidade Espiritual



Paramahansa Yogananda, mestre indiano do autoconhecimento, em obras como Autobiografia de um Iogue, destaca a importância de desapegar-se do material e voltar-se à experiência espiritual interna. Para Yogananda, o corpo físico é transitório, sendo apenas um veículo da alma. Manter-se fixado na juventude do corpo é ignorar a verdadeira natureza espiritual e abrir portas à frustração e ao sofrimento.



Segundo sua visão, o caso de Dorian Gray seria “maya” (ilusão): o apego à aparência material em detrimento do crescimento interno. Ao tentar reter artificialmente a beleza, Dorian se afasta cada vez mais de si mesmo, negando sua presença divina.



 A deterioração do retrato, oculto dos olhos do mundo, representa a corrupção do espírito diante do hedonismo e da superficialidade.



Louise Hay: Autoestima, Aceitação e Espiritualidade



Louise Hay, através de seu trabalho sobre o poder do pensamento positivo e autovalorização, elucida que a beleza verdadeira nasce da autoaceitação e do amor-próprio. Para ela, a autoimagem está profundamente ligada ao diálogo interno.



Quando buscamos preservar artificialmente atributos externos, costumamos negligenciar o cuidado da alma e ampliamos a autocrítica e o medo do envelhecimento.



Hay propõe que a juventude do espírito é renovada diariamente por meio de crenças saudáveis, pensamentos amorosos e aceitação da própria jornada. Em sua perspectiva, Dorian representa a total ausência de amor-próprio verdadeiro, substituído por um narcisismo vazio, o que resulta na degeneração espiritual simbolizada pelo retrato horrendo.



Rüdiger Dahlke: Doença como Simbolismo da Alma



O médico e escritor Ruediger Dahlke aborda em A Doença como Caminho a visão de que a saúde e a aparência física refletem estados da alma. Para Dahlke, ao tentar mascarar sinais naturais do tempo, bloqueamos processos importantes de amadurecimento interior.



 A “beleza eterna” de Dorian é superficial, enquanto seu quadro – adoecido – traduz os males não vistos, sofridos em silêncio.



Dahlke talvez diria que a busca desenfreada por juventude pode manifestar-se como doenças físicas, emocionais e espirituais; são sintomas da desconexão com o self verdadeiro.



O retrato é o sintoma não tratado, a manifestação da sombra ignorada, como Carl Jung também apontaria.



Reflexos no Mundo Contemporâneo



A mensagem de Wilde, vista através desses autores, torna-se ainda mais relevante na era das redes sociais, procedimentos estéticos e cultura da juventude eterna.



 O esforço para manter a aparência pode, sem o devido equilíbrio, afastar o indivíduo de sua essência, gerar angústia e impedir o encontro com a paz interior.



Conclusão



O Retrato de Dorian Gray se mantém atual ao explorar o preço de tentar congelar artificialmente a juventude e a beleza. Como relatam Yogananda, Hay e Dahlke, o verdadeiro rejuvenescimento acontece no coração e na mente abertos, na aceitação do ciclo da vida e na busca pela essência espiritual.



A aparência é efêmera: a beleza da alma, conquistada pelo autoconhecimento, floresce para além do tempo e do espelho.



 A reflexão sobre O Retrato de Dorian Gray, sob a ótica de autores espirituais, amplia nossos horizontes não só para o entendimento do apego à juventude e beleza, mas também para o autoconhecimento prático e a busca de equilíbrio.



Aqui, é interessante incluir as contribuições de Márcia Dario e as ferramentas da Cinesiologia e dos Testes Musculares como caminhos modernos de autopercepção e cura.



Abraços carinhosos




Márcia Dario



 
 
 

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