O Eco do Medo em Nossas Vidas: Uma Perspectiva da Cinesiologia Educacional

“Eles nos ensinaram através do medo e com o medo nós aprendemos...”

Esta frase ressoa profundamente quando consideramos a tapeçaria de nossas vidas. Não falamos apenas da infância, de nossos pais e da escola, mas de um cenário muito mais vasto. Obviamente, essas primeiras figuras e ambientes foram os alicerces, os catalisadores para a "contaminação" por padrões de repressão e crenças que, muitas vezes, eram fundados no medo e no controle de nossas ações. Mas o medo se estendeu: nosso bairro, a comunidade, a cidade, nosso país e o mundo, com suas notícias incessantes de crise, violência e pobreza, tornaram-se ameaças constantes, bombardeando nossas mentes e corações. Impossível não sermos afetados.

Para muitos de nós, mesmo na ausência de um trauma real ou de uma violência direta, o mero compartilhamento do imaginário de um cenário ameaçador já era suficiente. Nosso cérebro, com sua extraordinária capacidade de registrar, arquivava esses medos como fatos reais. Afinal, uma vez que sentimos, que dedicamos energia à dor ou à alegria, nossa memória não faz distinção entre o que é "realmente real" e o que é percebido como tal. A mídia contemporânea — jornais, TV e a internet — atua como um amplificador, muitas vezes colaborando para que nos tornemos cada vez mais fóbicos, aprisionados em visões de um futuro mórbido e ameaçador.

O Cérebro em Desenvolvimento e o Início da "Repressão"

Quando ingressamos na vida escolar, há uma "morte" natural para aquela infância feliz e protegida, de forma análoga à nossa transição do útero para o mundo. Embora tivéssemos apenas 7 anos, iniciamos essa etapa com uma memória infinda de todo o nosso aprendizado, onde padrões e medos já estavam cristalizados. Ali começamos um processo de resistência, pois já tínhamos referências, reais ou imaginárias, sobre o "bem" e o "mal", o "certo" e o "errado". Nossa base de resposta corporal já estava formatada, reagindo sempre que uma emoção negativa nos abalava. Nosso sistema de crenças, estabelecido primordialmente durante esses sete primeiros anos, serviria de base para a maturidade e para a tomada de decisões ao longo de toda a nossa vida. É nesse período que o Dr. Paul Dennison, criador da Cinesiologia Educacional (Brain Gym), destaca a importância da integração cerebral, da lateralidade e da capacidade de lidar com o estresse para um aprendizado e desenvolvimento saudáveis. Quando o medo predomina, essa integração é comprometida.

Outro fator crucial que exige um novo olhar é a reação das pessoas ao nosso redor — pais, professores, amigos — diante da manifestação de nossas emoções, expressas em dor, medo ou choro. Muitas vezes, interpretamos a não validação de nossos sentimentos como desafeto, desamor ou rejeição, o que, ironicamente, acabava por piorar a realidade que vivenciávamos. Na verdade, essas pessoas agiam com o que julgavam ser o melhor para nosso desenvolvimento. Contudo, para um cérebro em formação e um sistema emocional vulnerável, a percepção é que se torna a nossa realidade, criando circuitos neurais de autoproteção e desconfiança.

Assim, com o medo profundamente enraizado em nosso circuito neurológico e emocional, fomos criando, por anos, comportamentos fóbicos e restritivos: medo dos pais ou de um deles, de irmãos, de parentes, de autoridades religiosas ou educacionais, medo da dor ser causada novamente, da morte, de ser punido, de falhar, do sucesso, da mudança, do próprio corpo, de estar errado, de confiar, de doenças, do sexo, entre tantos outros. Esses medos não são apenas psicológicos; eles têm raízes fisiológicas, afetando a maneira como nosso cérebro se organiza e como nosso corpo responde.

O Olhar de Paul Dennison: Cinesiologia Educacional como Caminho para a Integração

Paul Dennison revolucionou a compreensão de como o corpo e o cérebro trabalham juntos para o aprendizado e o bem-estar. Sua Cinesiologia Educacional, conhecida como Brain Gym, oferece ferramentas práticas para reeducar nosso sistema nervoso e liberar os bloqueios causados pelo estresse e pelo medo. Dennison demonstrou que o movimento é a chave para integrar os hemisférios cerebrais, melhorando a concentração, a organização, a comunicação e, fundamentalmente, a capacidade de lidar com as emoções.

Quando estamos sob estresse ou medo, o cérebro tende a se desconectar, operando de forma fragmentada. A Cinesiologia Educacional visa reativar as vias neurais, permitindo que a pessoa acesse seu potencial máximo, transformando padrões de "luta, fuga ou congelamento" em respostas mais equilibradas e conscientes.

O QUE A CINESIOLOGIA PODE FAZER POR VOCÊ (e como Paul Dennison nos guia)

A Cinesiologia, com as valiosas contribuições da Cinesiologia Educacional de Paul Dennison, oferece um caminho gentil e eficaz para desativar os padrões de medo e fobia profundamente enraizados:

• Desativar a fobia prioritária criada na infância: Através de técnicas que envolvem movimentos específicos e toques suaves, a Cinesiologia Educacional ajuda a "reprogramar" as respostas cerebrais ao medo. Ao invés de fugir ou paralisar, o indivíduo aprende a integrar as experiências passadas, criando uma nova realidade onde escolhas saudáveis, baseadas na autonomia e não em medos irreais, se tornam possíveis.

• Conversar e desativar o comportamento atual relacionado à fobia: A abordagem cinesiológica não se restringe à mente. Ela aborda a conexão mente-corpo. O "diálogo" com o corpo, por meio do teste muscular, revela onde as tensões estão armazenadas. Ao liberar esses padrões de estresse, promove-se um alívio imediato de tensões, facilitando estados de relaxamento e calma que antes pareciam inatingíveis.

• Equilibrar a energia dos meridianos e padrões reativos de comportamento: Inspirada em conhecimentos ancestrais e em métodos como o Brain Gym, uma sessão de Cinesiologia harmoniza o fluxo energético do corpo. Isso não só reequilibra os meridianos (especialmente estômago, rim, baço e vesícula biliar, frequentemente associados a medos e preocupações) mas também repatterniza as respostas reativas automáticas. O corpo aprende novas formas de responder, mais adaptativas e menos baseadas no medo do passado.

• Trabalhar com a "idade causa" da fobia: A Cinesiologia nos permite acessar, de forma segura e compassiva, o ponto de origem das tensões emocionais. Com as técnicas do Brain Gym, é possível ajudar o cérebro a integrar experiências não processadas da infância, permitindo uma nova perspectiva e a liberação da energia aprisionada naquele momento.

• Estimular o timo para fortalecer a energia que controla o sistema imunológico: O timo, glândula vital para a imunidade e frequentemente associada à "coragem" e ao "amor", é gentilmente estimulado. Ao reduzir o estresse através da Cinesiologia, fortalecemos o sistema imunológico e a capacidade do corpo de se curar e de se proteger, tanto física quanto emocionalmente.

• Acessar dados da infância e aliviar tensões emocionais: De forma suave e não invasiva, a Cinesiologia Educacional facilita o acesso a memórias e momentos de dor ou trauma da infância que estão registrados na memória emocional e celular. Ao invés de reviver o trauma, o objetivo é liberá-lo, permitindo que as tensões emocionais sejam processadas e dissolvidas, abrindo espaço para a cura e a ressignificação.

Livre-se dos grilhões dos medos e fobias. A Cinesiologia, com a sabedoria da Cinesiologia Educacional de Paul Dennison, pode ajudar você a reescrever sua história, integrando corpo e mente para um futuro de mais clareza, coragem e bem-estar.

Uma linda semana a todos nós!

Abraços carinhosos,

Autor: Marcia Dario Márcia Dario é Mestre em Comunicação e Cinesiologista por Testes Musculares. É mentora realizando sessões individuais, em jogos, game e desativação de stress emocional, medo de falar em público, ansiedade, pânico. Promove através do trabalho: autocomunicação, autoconhecimento e autodesenvolvimento.

Explore mais sobre este e outros temas no meu Blog: Márcia Dario e no meu canal no Youtube. E-mail:marciadaring@gmail.com